domingo, 21 de fevereiro de 2016

ERVA DANINHA

PLANTAS INVASORAS, também conhecidas com ERVAS DANINHAS

TIRIRICA MISTURANDO-SE AO GRAMADO


Jardineiro, ao fazer manutenção no jardim, fique atento às ervas daninhas e retire-as assim que surgirem. A retirada pode ser feita arrancando totalmente a planta invasora com a utilização de um firmino.
  
Utilize a enxada para áreas maiores, porém cuidado para não danificar as raizes das outras plantas do jardim. Quando for trabalhar próximo às plantas mais delicadas, utilize o firmino. Na manutenção dos vasos também use o firmino ou despraguejador. 

Quanto ao controle químico, busque ajuda de um técnico para orientá-lo, porém seu uso não é aconselhável em residências.

A tiririca, exemplo de planta invasora, pode surgir no jardim. Elas desenvolvem estruturas difíceis de serem retiradas. O que devemos fazer é ficar atentos aos jardins e gramados e fazer a retirada assim que surgem, evitando que se propaguem.

Você pode cobrir a terra onde não há nada plantado, com palhas ou folhas secas para dificultar o crescimento das ervas daninhas. Isso ajudará também a manter a umidade do solo evitando seu ressecamento.

Faça você mesmo ou contrate um jardineiro antes que todo o gramado esteja tomado.

Atenção porém, pois existem plantas de valor alimentício e medicinal crescendo nos jardins, calçadas e terrenos baldios, considerados plantas invasoras (inços) e são capinadas.

Há as plantas:
Nativas, originárias do ecossistema;
Exóticas, que podem ser do mesmo país, mas não do ecossistema de determinado local;
Ruderais, que aparecem espontaneamente em diversos locais, mas não se sabe mais que região/país originou a espécie.

ANA PRIMAVESE (1997) questiona a denominação “plantas daninhas” da seguinte forma: “São ecotipos perfeitamente adaptados às condições do solo. Portanto, são plantas indicadoras. E, quem sabe decifrar sua linguagem, não vai combatê-las sem saber por que apareceram

Assim, a ‘leiteirinha’, uma Euforbiácea, aparece na soja se faltar molibdênio. Colocando molibdênio, a soja se beneficia e a leiteirinha some. Somente aparecia por conseguir mobilizar molibdênio em um solo no qual a soja não o conseguiu mais. 

O ‘carneirinho’ ou carripicho-de-carneiro, uma composta, aparece especialmente em campos com plantação de feijão, indicando a deficiência de cálcio, podendo ser combatido através da calagem. 

O nabo bravo, uma crucífera, aparece em campos de trigo em que falta manganês e boro. 

Mas quando aparece papoula é sinal de que há um excesso de cálcio. 

A guanxuma indica solos muito compactos e um Andropogon, o rabo-de-burro, somente cresce em campos em que existe uma camada que estagna água. 

Todas as plantas invasoras indicam alguma coisa, mas, ao mesmo tempo corrigem-na. É através delas que a natureza recupera os solos estragados pela agricultura, Portanto, quando aparecem com muita persistência, alguma coisa está fundamentalmente errada. A natureza tem um único objetivo: garantir a continuação da vida, ou seja, recuperar o que foi arruinado, sanar o que esteve doente, eliminar o que não presta mais. Tudo tem razão.”

Ana Primavesi publicou inúmeros artigos científicos no Brasil e em revistas internacionais, escreveu livros e colaborou em inúmeras outros publicações.

Interessante, não é mesmo?

PrimaVera Fontes e Jardins

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