PLANTAS INVASORAS, também conhecidas com ERVAS DANINHAS
TIRIRICA MISTURANDO-SE AO GRAMADO |
Jardineiro, ao fazer manutenção no jardim, fique atento às ervas
daninhas e retire-as assim que surgirem. A retirada pode ser feita arrancando totalmente a planta invasora com a
utilização de um firmino.
Utilize a enxada para áreas maiores, porém cuidado para não danificar as
raizes das outras plantas do jardim. Quando for trabalhar próximo às plantas
mais delicadas, utilize o firmino. Na manutenção dos vasos também use o firmino ou despraguejador.
Quanto ao
controle químico, busque ajuda de um técnico para orientá-lo, porém seu uso não
é aconselhável em residências.
A
tiririca, exemplo de planta invasora, pode surgir no jardim. Elas desenvolvem
estruturas difíceis de serem retiradas. O que devemos fazer é ficar atentos aos
jardins e gramados e fazer a retirada assim que surgem, evitando que se
propaguem.
Você pode
cobrir a terra onde não há nada plantado, com palhas ou folhas secas para
dificultar o crescimento das ervas daninhas. Isso ajudará também a manter a
umidade do solo evitando seu ressecamento.
Faça você
mesmo ou contrate um jardineiro antes que todo o gramado esteja tomado.
Atenção
porém, pois existem plantas de valor alimentício e medicinal crescendo nos
jardins, calçadas e terrenos baldios, considerados plantas invasoras (inços) e
são capinadas.
Há as
plantas:
- Nativas,
originárias do ecossistema;
- Exóticas,
que podem ser do mesmo país, mas não do ecossistema de determinado local;
- Ruderais,
que aparecem espontaneamente em diversos locais, mas não se sabe mais que
região/país originou a espécie.
ANA PRIMAVESE (1997) questiona a denominação “plantas daninhas” da
seguinte forma: “São ecotipos perfeitamente adaptados às condições do solo.
Portanto, são plantas indicadoras. E, quem sabe decifrar sua linguagem, não vai
combatê-las sem saber por que apareceram.
Assim, a ‘leiteirinha’, uma
Euforbiácea, aparece na soja se faltar molibdênio. Colocando molibdênio, a soja
se beneficia e a leiteirinha some. Somente aparecia por conseguir mobilizar
molibdênio em um solo no qual a soja não o conseguiu mais.
O ‘carneirinho’ ou
carripicho-de-carneiro, uma composta, aparece especialmente em campos com
plantação de feijão, indicando a deficiência de cálcio, podendo ser combatido
através da calagem.
O nabo bravo, uma crucífera, aparece em campos de trigo em
que falta manganês e boro.
Mas quando aparece papoula é sinal de que há um
excesso de cálcio.
A guanxuma indica solos muito compactos e um Andropogon, o
rabo-de-burro, somente cresce em campos em que existe uma camada que estagna
água.
Todas as plantas invasoras indicam alguma coisa, mas, ao mesmo tempo
corrigem-na. É através delas que a natureza recupera os solos estragados pela
agricultura, Portanto, quando aparecem com muita persistência, alguma coisa
está fundamentalmente errada. A natureza tem um único objetivo: garantir a
continuação da vida, ou seja, recuperar o que foi arruinado, sanar o que esteve
doente, eliminar o que não presta mais. Tudo tem razão.”
Ana Primavesi publicou inúmeros artigos científicos no Brasil e em
revistas internacionais, escreveu livros e colaborou em inúmeras outros
publicações.
Interessante, não é mesmo?
PrimaVera Fontes e Jardins
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