Achei este texto muito assertivo, por esse motivo o coloquei aqui.
PRINCIPIOS PARA UM PAISAGISMO MAIS SUSTENTÁVEL
A jardinagem é uma das melhores práticas de reintegração do homem com a natureza. Mas é preciso ter consciência de que a preservação ambiental deve ser uma das premissas na elaboração de qualquer projeto paisagístico. Para alimentar essa questão coordenei uma reunião de profissionais da área – engenheiros agrônomos, biólogos e arquitetos de Porto Alegre, RS – para criarmos uma carta de princípios para um paisagismo mais sustentável. O documento visa dar orientações de como intervir na paisagem de maneira mais sustentável, sem deixar “pegadas” de destruição. Veja algumas sugestões da carta:
Evite coletar plantas do ambiente natural. Limite-se a pegar apenas propágulos (galhos, sementes e mudas), sempre com a certeza de que isso não afetará o equilíbrio da planta e do ecossistema.
Conheça todos os tipos de plantas – da propagação ao uso – com o mínimo de preconceito. Por exemplo, existe uma série de espécies pequenas nativas e mesmo algumas ervas daninhas com aspectos bastante ornamentais, seja pelas flores ou pela própria arquitetura da planta.
Recolha a água da chuva que cai no telhado para usar no jardim. Tire proveito das curvas de nível em terrenos inclinados, fazendo pequenas valetas para que a água se acumule no terreno e infiltre lentamente.
Na hora de combater pragas e doenças, evite a aplicação de agrotóxicos prejudiciais ao meio ambiente, como herbicidas sistêmicos e inseticidas fosforados, entre outros. Prefira os controles culturais, mecânicos e biológicos. Teste métodos alternativos.
Reduza o uso de cimento nas obras externas do jardim. Substitua-o, sempre que possível, por produtos cerâmicos, pedras, bambus e madeiras que causam menor impacto no ambiente.
Use madeiras de florestas plantadas e de manejo sustentado solicitando o tipo de madeira e seu certificado de origem. Existem inúmeros fornecedores de materiais com bambus, pinus e eucalipto com tratamentos diversos para aumentar a durabilidade.
Faça uso de adubações orgânicas que favorecem diversos microrganismos benéficos, ajudando a equilibrar o solo. Isso garante maior resistência às plantas.
Uma das grandes práticas de um jardineiro ecológico é fazer a compostagem dos resíduos orgânicos provenientes do jardim e da cozinha.
Evite trazer solos do ambiente natural. Adquira terra vegetal produzida por empresas idôneas, que tenham assinatura de responsabilidade técnica (ART), que garantam sustentabilidade na cadeia produtiva e que obedeçam a legislação ambiental.
Contenha erosões e recupere áreas degradadas com a utilização de vegetação, em vez de grandes obras de muros e pisos.
Por último, não tenha pressa. O jardim não precisa ser feito todo de uma vez, por isso, deixe a natureza agir e compreenda como funciona a sucessão natural. Observe, ao longo do ano, com o a natureza age no local sem qualquer intervenção. Isso ajuda a descobrir surpresas agradáveis, como plantas que surgem espontaneamente, que podem ser incorporadas ao jardim. Já dizia Leonardo da Vinci: “Só se ama aquilo que se conhece a fundo.”
Para saber mais detalhes sobre essa carta de princípios, acesse www.tonibackes.com.br. Como é uma carta aberta, existe espaço para novas sugestões ou críticas.
Toni Backes
PrimaVera Fontes e Jardins
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